A união é a melhor opção
Deiselene
Bastos,
Brisa
Morais,
Talita
Araújo,
Ellen dos Reis,
Fabrício
Oliveira.
Resumo:
este artigo tem o objetivo de informar sobre o novo modelo econômico, a
economia colaborativa, que surgiu como alternativa à crise de 2008, e vem
ocupando cada vez mais espaço, mesmo sofrendo resistência do mercado formal.
Além de fazer a sociedade repensar o estilo de vida atual, capitalista,
individualista, para a nova era em rede, ou voltada para a comunidade, e
sustentabilidade do planeta, tendo como intermediária central dessa relação a
tecnologia.
Palavra-Chave:
economia compartilhada, capitalismo, crise, sociedade.
Introdução
Decorrente
da crise econômica de 2008, surgiu um novo método de movimentar o capital, uma
alternativa contrária ao capitalismo, o qual baseia-se no acúmulo de bens, é a
chamada economia colaborativa, que está rompendo paradigmas ao fazer com que a
sociedade repense seu estilo de vida. Essa prática engloba tecnologia,
sustentabilidade, o compartilhamento de bens, e o comprometimento com o
consumidor.
A
ideia de colaboração existia desde séculos atrás, atualmente ela apenas passou por
um aperfeiçoamento lucrativo. Um exemplo disto, é o empréstimo de ferramentas
de trabalho ou alimentos entre vizinhos. O termo utilizado para representá-la
faz-se jus, já que a economia cooperativa é a partilha de bens, transportes,
moradia, serviços, entre outros, com a tese de não ter ou comprar, e sim
compartilhar, economizando e beneficiando a todos os envolvidos. É um princípio
que quebra a tese central das corporações capitalistas, embora que, aqueles que
trazem para o seio da sociedade mecanismos de economia, vantagens, eficiência e
rapidez na prestação de serviços, acabam por se firmar como grandes
empresários, já que as ideias também valem ouro.
Os
norte-americanos em 2000, notaram que estavam consumindo em um ritmo acelerado
e deveriam repensar os seus conceitos, assim nasce este novo modo. Porém, a
partir da crise ocorrida em 2008, que repercutiu mundialmente, a sharing economy intensifica-se com o
impulso recebido da tecnologia, tendo em vista a rapidez da informação e o
volume de pessoas que passam a conhecer essa forma de ter vantagens
participando de determinados grupos, isso fica muito claro quando refere-se aos
mais diversos aplicativos tecnológicos disponíveis para 115,4 milhões de
brasileiros, grande maioria da população que possuem aparelho celular, e que
com um pequeno toque nele pode se ter à disposição, com rapidez e comodidade,
deslocamento, vestuário e os mais diversos objetos. Esta é fundamental por ser
intermediária da relação consumidor-compartilhador.
Como
consequência do avanço tecnológico, a qual é voltada para facilitar o dia a dia
das pessoas, e é o que de fato acontece com o aprimoramento do celular para
smartphones, e em seguida a loja virtual como resultado deste, onde existem
milhares de aplicativos com o objetivo de atender à necessidade da população de
ter em mãos, em qualquer lugar, a sua “vida” simplificada. O que antes era
feito pelo computador, ou pessoalmente, já é feito por este. Por exemplo,
pagamentos de contas (pelo próprio código de barras), visitar a conta bancária,
entre outros.
Alguns
aplicativos vêm se destacando a alguns anos e conquistando o seu espaço. Entre
eles estão Uber, Netflix, Airbnb, e o Tem açúcar?. Cada um atuando em sua
respectiva área, transporte privado, filmes e séries online, moradia compartilhada
(ou alugada), e troca de produtos. Alguns destes têm enfrentado resistência por
parte do mercado formal, o qual alega ser concorrência desleal por não pagarem
o mesmo imposto que eles, assim tentam combatê-los baseado nas leis, ou apenas
pedem a regulamentação dos serviços, o que seriam condições igualitárias, ou
seja o que torna desleal é a falta de regulamentação.
É o
caso do Uber e os motoristas de táxi, decorrente da rejeição dos taxistas houve
protestos, conflitos, até tentativa de suspensão do aplicativo através de leis,
o que não foi bem-sucedido, uma vez que este serviço não é igualmente ao outro.
Os usuários do Uber afirmam que a prestação de serviço é melhor quando comparado ao
do táxi. A rede de hotéis além da diferença em cobrança de imposto, afirma não
haver segurança no sistema Airbnb, porém há hotéis que ao invés de “bater de
frente”, estão “aliando-se” ao colocar seu selo em casas cadastradas no aplicativo.
O
que mais houve-se falar é sobre os exemplos citados acima, mas, empresas tem se
adaptado ao novo cenário. Como no caso de algumas iniciantes, no qual duas
alugam o mesmo espaço e divide-o entre si, havendo múltiplos benefícios para
ambas. E há o crowdfunding, financiamento
coletivo onde um projeto é inserido em um site voltado para esse serviço e
qualquer pessoa pode investir neste, podendo obter ações ou o produto como
resultado.
E há
o problema por trás dessa transformação no cenário econômico, o desemprego, e
ao mesmo tempo emprego. Utilizando o Uber como exemplo é visível que gerou
empregos, pessoas que não estavam trabalhando, mas tinham um carro em casa pôde
utilizá-lo através do cadastro no aplicativo como geração de renda.
Diante
de tal concorrência crescente supostamente desleal, o mercado formal vem
“sofrendo” com esse novo cenário. Habituados tradicionalmente a uma prestação
de serviço única, a qualidade já não é a mesma, e os preços visando apenas a concorrente
ao lado, acabam por variar de acordo com ela. E as pessoas estão optando por
aquilo está oferecendo um melhor serviço com baixo custo. Impactados pela nova
economia, eles veem-se numa situação em que evolui junto com ela ou regride,
por isso tentam combatê-la, tentando aprovar leis para tornar o intermediário
da relação ilegal. Já que esta a cada dia tem uma proporção maior,
consequentemente, fazendo-os perder espaço.
Há
uma teoria que é semelhante ao que está acontecendo atualmente. A mão
invisível, uma tese defendida por Adam Smith, o pai da economia, como também a
livre-concorrência pode ver-se refletidas no presente. Ao fazer a comparação
obtêm-se: a primeira com grande oferta de produto, baixa procura, o preço cai,
e vice-versa; a segunda com aquele que presta um melhor serviço avança, o que
não, sai do mercado. A empresa tendo seu serviço pouco procurado, o que seria a
perca para a concorrência, diminuiria o seu valor, ou então melhoraria sua
prestação de serviço para permanecer na “competição”. Como é o caso da nova
economia ou o mercado adapta-se a ela, tornando-se aliados para um
desenvolvimento em conjunto, ou vai perder. Por que o novo modo de movimentar o
mercado está conquistando o espaço que era totalmente ocupado por uma economia
capitalista, e as pessoas estão buscando e aceitando aos poucos a nova
economia.
Os
estilos de vida passaram a ser repensados. É realmente necessário ter a posse
do produto? É o que defende a economia colaborativa, tendo um objeto qualquer
em casa que não utiliza, duas pessoas podem efetuar uma troca por ambos os
objetos que precisam; precisa-se de uma ferramenta apenas no momento, aluga
esta, não efetuando a compra; na carona compartilhada, as pessoas têm a opção,
obviamente, de compartilha-la com alguém, gastando menos. Sendo assim, estaria
evitando todo um ciclo de poluição, além da economia, menos produção, tanto de
lixo quanto produto, e indo em direção contrária a ideia do consumismo. Os
valores que antes estavam voltados para o individualismo, agora são voltados
para um meio em comunidade, o ato de colaborar e compartilhar com os outros,
ainda tendo como base nessa movimentação a confiança.
A
sociedade passa do período industrial para em rede, tendo que repensar tudo que
foi criado. Era inevitável uma mudança, já que a exploração da matéria prima e
a poluição estão prejudicando cada vez mais o meio ambiente. Diante disso, ela
surge para possibilitar uma alternativa de gerar capital, principalmente diante
de tempos de crise.
Dessa
Forma, toda mudança no início é recebida com resistência, mas esta em especial,
é a única saída visível para um futuro menos provável. A crise proporcionou uma
outra visão para movimentar a economia, e a tecnologia, como fundamental,
contribui para isto. A insustentabilidade conseguiu
um método para contornar a situação atual, ao fazer com que todos repensem a sua vida, e
indo contra o capitalismo. Apesar de diminuir o consumo, a economia
colaborativa, vai de encontro a este sistema, mas não deixa de ser
capitalista, mesmo com mudanças. É necessário a regulamentação dos serviços,
mas diante de um novo cenário, o mercado formal para competir, vai ter que
inovar, investir e oferecer um melhor serviço, pois é a nova era em rede,
aquele que adaptar-se e fazer melhor, ou aliar-se a ela continua no mercado, caso
contrário vai ser mais uma falência inevitável.
Referências:
www.estadao.com.br/infograficos/economia-colaborativa,economia,196320
www.uol.com.br/economia-compartilhada/
https://www.youtube.com/watch?v=2wcScp8gyuY
https://www.youtube.com/watch?v=7RiFEL6SfsU
https://www.youtube.com/watch?v=Ne0qQRPVT6c
https://www.youtube.com/watch?v=_aPLUd5nNNk
Nenhum comentário:
Postar um comentário